O portal de Canas de Senhorim

maio 03, 2007

A Urgeiriça...no "O Primeiro de Janeiro"

Empresário não desiste da central nuclear



Monteiro de Barros afirmou que nunca desistiu do projecto da criação de uma central nuclear em Portugal e que continua com os estudos de pré-viabilidade. O empresário só está à espera de uma decisão positiva sobre a matéria.
O empresário Patrick Monteiro de Barros afirmou que mantém o projecto de construir uma central nuclear em Portugal e que estará em condições de avançar quando houver uma decisão sobre esta matéria.Comentando a observação feita pelo Presidente da República, Cavaco Silva, de que se não for houver outra fonte de energia consistente, como o hidrogénio, “o nuclear terá de ser debatido em Portugal de forma mais aberta”, o empresário considerou que “é uma questão de inteligência”.“Acho que é uma atitude de muita sensatez e muito inteligente”, disse Patrick Monteiro de Barros, frisando que o seu projecto para construir uma central nuclear em Portugal continua vivo.“Nunca desisti do projecto (...) continuamos com os estudos de pré-viabilidade”, sublinhou o empresário, insistindo na ideia, que defende há anos, de que, na situação em que Portugal está em termos energéticos, a solução é a energia nuclear.Cavaco Silva, nas declarações que fez em Riga, na Letónia, valorizou a aposta noutras energias renováveis, como a eólica, biomassa, biodiesel ou hídrica, mas disse que não acredita que sejam suficientes e afirmou que é difícil evitar a discussão sobre a opção do nuclear, que “surgirá, mais dia, menos dia”.Patrick Monteiro de Barros apresentou, em Junho de 2005, um projecto para construir uma central nuclear em Portugal, em conjunto com um grupo de investidores portugueses, que implicava um investimento de 3,5 mil milhões de euros.A Enupor – Energia Nuclear de Portugal, nome dado ao projecto, implica a reabilitação das minas da Urgeiriça, com elevadas reservas de urânio, uma questão que o empresário realçou também ontem nas declarações à Agência Lusa, já que a existência desta matéria-prima em Portugal reduz os custos da produção.A localização da central chegou a ser debatida e constava da proposta que Monteiro de Barros fez chegar ao Governo.Espanha possui sete centrais nucleares, uma das quais em fase de desmantelamento, Vandellós II, e o Governo espanhol assume uma posição oficial de “não entusiasta do nuclear” e nas linhas directoras da política energética prevê uma “redução progressiva” incentivando, em alternativa, as renováveis e os ciclos combinados a gás natural.O nuclear permite, contudo, a Espanha ter custos de produção de electricidade mais baixos quando comparados com Portugal.--------------------
Aposta:
Energias renováveis.
A opção do nuclear sempre foi, no entanto, rejeitada pelo Governo de José Sócrates que, ainda recentemente, em Bruxelas, reafirmou essa posição. “Os países que quiserem tomar a opção pelo nuclear, façam o favor. Em Portugal, não, o nosso caminho está definido”, sublinhando a aposta nas energias renováveis. A energia nuclear é, em média, 28 por cento mais barata que o carvão, 24 por cento do que o gás natural e 53 por cento do que a energia eólica.Tem a vantagem de emitir pouco dióxido de carbono (CO2), o que a torna uma aliada do Protocolo de Quioto, mas a desvantagem de apenas produzir electricidade, o que representa 20 a 25 por cento da energia final consumida em Portugal.

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