O portal de Canas de Senhorim

junho 29, 2007

A Urgeiriça...no "Esquerda".

29-Jun-2007
Os riscos da exploração do urânio
A reactivação da exploração de urânio tem conhecido nos últimos anos um crescimento acelerado. Só no continente asiático estão previstos 16 novos projectos de mineração e nos EUA 15 (informação do projecto WISE) . O aumento do preço do urânio no mercado internacional, que subiu 10 vezes mais nos últimos 5 anos, impulsionado pela procura de electricidade produzida por centrais nucleares e a expectativa de expansão desta indústria altamente insustentável, tem motivado esta opção.
Em Portugal coloca-se agora a corrida à exploração das 4.100 toneladas de urânio de Nisa, considerada a única zona do país onde esta pode ser economicamente rentável. Nove consórcios já mostraram o seu interesse, estando a Direcção-Geral de Geologia e Energia a elaborar o cadernos de encargos de abertura de um concurso internacional para a atribuição da concessão de exploração, a qual poderá ser conhecida até ao final de 2009.
Tal como no passado, apesar dos avanços tecnológicos e das regulações ambientais, a exploração de urânio pode trazer elevados impactos para a região. Coloca-se o ambiente e a saúde das populações em risco, em nome de um projecto que terá um período de vida útil de 6 a 8 anos e criará pouco emprego. Numa zona deprimida do país, coloca-se em risco as oportunidades de desenvolvimento local sustentável, assente em vectores estratégicos que retiram mais-valias da riqueza natural e patrimonial do território, ao mesmo tempo que preservam o ambiente e potenciam o emprego durável e a qualidade de vida local.
Esta é uma opção estruturante para o território local e a forma de encarar o interior do país. Ou a criação de riqueza fácil que pouco ou nada deixará para os território locais e as suas gentes, gerando problemas ambientais e sociais que ficarão para o Estado resolver num futuro longo em que só a desertificação humana é expectável, ou a aposta em eixos de desenvolvimento que criam dinamismo local geradores de emprego, rejuvenescimento populacional, qualidade no ambiente e paisagem, coesão social.
Vivemos num país em que a exploração de urânio do passado (nas 61 explorações mineiras existentes no país) acarretou um enorme passivo ambiental e impactes negativos na saúde pública das populações, que ainda hoje se manifestam e continuam por resolver. As minas encerradas continuam a ser responsáveis, além de poluição visual, pela presença de poeiras tóxicas na atmosfera e por situações de contaminação de solos, cursos de água e lençóis freáticos.
O acondicionamento dos milhares de toneladas de escórias, resultantes do tratamento do minério, em escombreiras e barragens de estéreis, sem que nada tenha sido feito durante décadas, deixou um pesado legado de degradação do ambiente e nas condições de vida em 18 concelhos do território nacional.
Existem cerca de 7,8 milhões m3 de resíduos, dos quais 3 milhões representam maior perigo de contaminação. As minas da Urgeiriça, no concelho de Nelas, em Viseu, têm as maiores fontes de radioactividade, representando a quase totalidade dos resíduos. O estudo MinUrar - Minas de Urânio e seus Resíduos: Efeitos na Saúde da População, coordenado pelo Observatório Nacional de Saúde, concluiu que a população de Canas de Senhorim, exposta às minas da Urgeiriça, apresenta uma diminuição das funções da tiróide, da capacidade reprodutiva de homens e mulheres e do número de glóbulos vermelhos, brancos e de plaquetas no sangue.
As explorações uraníferas abandonadas estima-se que será necessário um investimento na ordem dos 70 milhões de euros.
Pouco ou muito pouco foi ainda feito. E continuam a morrer ex-trabalhadores das minas de urânio sem que as famílias recebam indemnizações; não se realizam estudos nem se faz o acompanhamento médico prolongado das populações que vivem nesses territórios; não existe qualquer compensação aos municípios pela degradação ambiental gerada por actividades económicas supostamente de interesse nacional. E estas mesmas questões mantêm-se actuais se a reactivação das minas de Nisa avançar, pois não há quaisquer garantias por parte do Estado ou dos concessionários que vão explorar o urânio. Pois os efeitos, sobretudo na saúde, da mineração de urânio podem vir a manifestar-se num tempo demasiado longo, mantendo-se para as gerações futuras.
Algumas notas sobre a extracção de urânio:
Mesmo as maiores jazidas contêm menos de 1% de urânio: uma grande quantidade de rocha tem de ser extraída para se obter quantidades úteis de urânio. Grande parte desta rocha é esmagada em partículas muito finas, quase tão radioactivas como o urânio e que se dispersam facilmente pelo ar. Para se extrair o urânio geralmente são utilizadas grandes quantidades de água, ácido sulfúrico e composto ligante sobre estas partículas. Com a maioria do urânio removido (cerca de 90%), as escórias são armazenadas em escombreiras ou barragens. O nível de radiação destes resíduos pode ser 20 a 100 vezes superior aos níveis naturais dos encontrados nas jazidas superficiais, e têm de ser armazenados por centenas a milhares de anos até atingirem um estado estável. As poeiras radioactivas, os materiais tóxicos e o radão gerados ao longo destes processos e presentes nos resíduos podem dispersar-se facilmente, contaminando pessoas e ecossistemas.
Outro processo de extracção do urânio muito comum é através da injecção na água subterrânea de soluções altamente ácidas ou alcalinas. Este é um processo altamente contaminante, tanto dos lençóis freáticos, do solo e da rocha, mas também gerando resíduos altamente radioactivos e tóxicos.
Rita Calvário
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=3289&Itemid=46

junho 27, 2007

O nosso Hotel...



O Hotel Urgeiriça, localizado em Canas de Senhorim a cerca de 25 km de Viseu e da Serra da Estrela é, desde há muito, um lugar privilegiado para alguns portugueses. Em pleno coração da Beira Alta, na região Dão Lafões, oferece a qualidade de uma das melhores unidades hoteleiras do país. A sua arquitectura beirã, a fachada de granito e a decoração tipicamente inglesa, tornam o Hotel num local único e extremamente aprazível, onde o conforto e a mística são constantes.
Cada hotel tem vida própria e os seus segredos. A Urgeiriça não escapa à regra. A história é insólita. Em 1930, Charles Harbord, um oficial superior do exército inglês comprou uma grande propriedade e ali mandou construir uma mansão. Passado 5 anos transforma a casa numa instância de repouso e de férias, a que chamou "English Hotel Urgeiriça". O hotel ganha fama e continua a crescer.
Pouco tempo mais tarde, Mrs. Phillys Graham, uma inglesa residente no Porto e cliente habitual do hotel, torna-se sócia de Charles Harbord.
Algumas figuras ilustres ficaram ali hospedadas, como foi o caso da jornalista e escritora francesa Christine Garnier, autora do livro "Férias com Salazar", o Marechal Craveiro Lopes, o Rei Humberto de Itália, Sá Carneiro, Primeiro Ministro Português, o actor João Villaret e o Primeiro Ministro de Inglaterra, Sir Anthony Eden em lua de mel com a sua esposa, Clarisse Eden, sobrinha de Winston Churchil, entre muitas outras.
Situado em plena região dos vinhos do Dão, o Hotel Urgeiriça fica no seguimento do IC12 entre Canas de Senhorim e Nelas, no meio de uma grande quinta com muitas árvores e jardins.

Se vier da zona norte do país pela A1 , entra no A25 (Sentido - Vilar Formoso) até à saída de Viseu centro NELAS, direcção Nelas pela EN 231. Segue pela EN 231 passando por Nelas direcção Coimbra EN 234, Canas de Senhorim. O Hotel fica logo na primeira entrada de Canas de Senhorim.
Se vier do sul pela A1 entra no IP3, km 197, saída nº13 na direcção de Viseu com saída no km 82. Siga pelo IC12, direcção de Carregal do Sal, sentido Guarda - Mangualde, até Canas de Senhorim entrando directamente na EN 234. O Hotel Urgeiriça fica A 2Km da saída do IC12 na EN 234.
Por caminho de ferro, o comboio que faz a ligação entre Lisboa e Paris, saindo na estação de Nelas ou o comboio regional Coimbra - Guarda, o Inter -Regional Lisboa Santa Apolónia - Guarda ou ainda o Alfa Pendular/ Intercidades Lisboa Santa Apolónia - Guarda, todos com saída em Nelas.
A cidade mais próxima é Viseu a 20 km, Coimbra fica a 70km, Lisboa a 270 km e o Porto a 150 km.
Aproveite e conheça este local paradisíaco e pleno de contrastes.
Depoimento.
[...] Apesar de ainda me encontrar de férias, estou de volta a casa e à net. Estes dias fora foram o culminar de um ano desgastante de trabalho, estudos e compromissos. Para onde fui? Serra da Estrela, que é lindíssima nesta altura do ano. Vale a pena lá ir. Onde fiquei? No Hotel Urgeiriça, um hotel belíssimo, com um atendimento e serviços extraordinários e plenos de profissionalismo. Vale a pena lá ficar. O que visitei? Bom o tempo foi pouco para visitar toda a serra e tudo o que lá tem de património natural, cultural, entre outros pontos de interesse. Saliento a Quinta da Lagoa, onde se fabrica o genuíno e certificado queijo da serra, em Canas de Senhorim, em Seia vale a pena visitar o Museu do Pão e o Museu do Brinquedo tanto os adultos como as crianças, pois ambos têm actividades para as crianças e os adultos. Passem pela aldeia medieval em Silgueiros e deliciem-se com a gastronomia do Restaurante Póvoa Dão.
E não se esqueçam de passar pela Casa de Santar e provar o delicioso vinho do Dão, além de que a casa tem uns jardins belíssimos e faz parte do nosso património cultural. Um saltinho à Casa da Ínsua em Penalva do Castelo. Vale a pena visitar. Levem a máquina fotográfica e a vontade de se embrenharem por este Portugal dentro que tanto tem de belo e histórico para nos oferecer. Sejam turistas cá dentro, vale a pena. Claro que também me fez companhia a leitura e destaco dois livros que adorei ler “Amor curiosidade prozac e dúvidas” de Lucía Etxebarría e “Inventar a solidão” de Paul Auster. Não podia faltar na minha bagagem o caderno para a minha escrita, a preguiça e o nada fazer, apenas esvaziar mente e descansar o corpo e deliciar-me com a região que escolhi para estas merecidas férias. Agora…agora estou de volta e prometo andar por aqui com novos posts. [...]

http://pedevento2004.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_08.htmlHotel da Urgeiriça
Als Gast dieses Hauses fühlt man sich wahrlich als Zeitreisender. Die Fassade aus Granit-Stein und die typisch englische Dekoration lassen dieses Haus so einzigartig und mystisch erscheinen. Das ehemalige Herrenhaus wurde vor über 70 Jahren erbaut und vor wenigen Jahren zu einem ansprechenden Hotel umgebaut. Zum Angebot des Hauses zählen der Swimmingpool, die Tennisplätze, das stilvoll eingerichtete Restaurant, die Bar mit Lounge-Atmosphäre sowie Tagungsräumlichkeiten.
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The Hotel Urgeiriça was built by an English man in the year 1930. He came to the region to work in the new Uranium mines found there at the time. Evidently he fell in love with region and decided to stay, so he built a hotel for his fellow Brits. Later in the eighties the hotel was sold. Its present Portuguese owner refurbished it completely and added a third floor. The remodeling was finished in 1995. Today this hotel can be considered one of those well kept secrets, it is somewhat like a chateau in Portugal, but with a well preserved English style. Plenty of ample salons, a wonderful restaurant where lunch or dinner can be enjoyed in a beautiful verandah and bedrooms, each one different one from the other, some with beautiful antique furniture, others with classic English pieces, and almost all, with a terrace to the countryside. Rooms categories are divided between standard and superior and although some standard rooms seam superior, the ones classified as superior, are really like a junior suite (only 10 of them in total). They also have five wonderful villas around the main building, which are fully equipped, (even dishwasher). These villas are really small houses fit for a family to live in! When booking this hotel is advisable to indicate the characteristics of the room desired, if available they will be reserve it for you.
3525-301 Canas de Senhorim - Nelas, Portugal Tel.: (+351) 232 67 12 67 Fax: (+351) 232 67 13 28
e-mail:info@hotelurgeirica.pt ou reservas@hotelurgeirica.pt

junho 25, 2007

Oferta...

Relógio Mineiro

Esta Ampulheta era usada pelos mineiros da Urgeiriça para marcar o tempo dos rastilhos e assim controlarem as explosões nas galerias da mina formada por uma peça de vidro estrangulada ao centro, tendo no interior areia vermelha, para proteger o vidro tem uma armação em madeira. Tem também uma protecção metálica de duplo cilindro com janelaO intervalo de tempo que esta Ampulheta conta é de 90 segundos

Postado Por Horácio Peixoto

http://municipiocds.blogspot.com/

junho 22, 2007

A Urgeiriça presente...



VISITE emarque presença no espaço da URGEIRIÇA

junho 20, 2007

1º Torneio Juvenil de "Boules".

( Clique na Imagem)

junho 19, 2007

(...) onde se fala da Urgeiriça...

(...)Isso é com todas. Entre as mais perigosas são as do carvão. As de Urgeiriça têm o problema de manipularem com material radioactivo - mais concentrado e depois... maiores riscos para a saúde.
Em breve haverá minas na Lua. ;) (...)
(...)os chineses não perdem tempo, querem montar uma base na Lua para exploração de minas. Qualquer dia estouram com o ambiente da Terra, a queimar toneladas e toneladas de carvão... :S Aliás os céus por lá são muito opacos... há dias seguidos sem verem o Sol tal é espessa a camada de poeiras, aerossóis e outros quejandos. :S (...)

Espreite mais opiniões em:
http://groups.google.com.br/groups/search?q=Minas+da+Urgeiri%C3%A7a&qt_s=Pesquisar


efeneto

junho 18, 2007

A urgeiriça...na "RTP online"

Ex-trabalhadores da ENU mantêm intenção protesto início presidência portuguesa UE
Os ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio(ENU) decidiram, em plenário, manter o protesto agendado para o local onde vai ter lugar a cerimónia oficial do arranque da presidência portuguesa da União Europeia(UE).
Foi com um minuto de silêncio "pelos companheiros mortos" que mais de uma centena de ex-trabalhadores da ENU iniciaram o plenário, em Canas de Senhorim, Nelas, em que reafirmaram a decisão de "dar continuidade à luta" dos ex-mineiros, reivindicando direitos sociais e legais.
Para isso, foi já constituída uma comissão para organizar uma viagem a Lisboa ou ao Porto, "porque ainda não se sabe onde vai decorrer a cerimónia oficial", com o objectivo de mostrar à Europa "como Lisboa trata os homens que muito deram ao país", no dia em que Portugal assumir a presidência da UE, a 01 de Julho.
Das três grandes reivindicações, o Governo, através do Ministério da Saúde, já "cedeu" na questão dos exames periódicos, mas os ex-trabalhadores das minas de urânio não estão satisfeitos e exigem ainda indemnizações para os familiares dos "companheiros mortos" e a equiparação a mineiros(que ainda não conseguiram) para efeitos de reforma.
No plenário de hoje, que teve lugar na Urgeiriça (Canas de Senhorim), onde a ENU tinha a sua sede nacional, os ex-mineiros contaram com a presença dos deputados Bruno Dias (PCP) e Alda Macedo (Bloco de Esquerda).
António Minhoto, dirigente da associação de trabalhadores, que lidera a "luta", explicou à Lusa que "a cedência do Governo" em matéria de saúde "foi devidamente apreciada", mas garantiu que "está muito em causa para que isso só chegue para parar por aqui".
Esta é uma "luta" que já vem de 2001, quando a ENU encerrou definitivamente as portas, colocando no desemprego os últimos 40 trabalhadores que ainda ali permaneciam.
Entre 2001 e os dias de hoje, a associação exige que as centenas de trabalhadores que já tinham saído antes fossem "contemplados" com o mesmo tratamento, isto é, o acesso directo dos últimos 40 ao estatuto de mineiros para efeitos de reforma.
A outra questão, cujos contornos legais implicam maiores dificuldades, tem a ver com a indemnização aos familiares de mineiros mortos, grande parte destes com doenças oncológicas.
É que, como explicou a deputada do Bloco de Esquerda no plenário, não existem instrumentos jurídicos que permitam ao Estado proceder a esses pagamentos.
No entanto, Alda Macedo deixou em Canas de Senhorim o compromisso de "estudar do ponto de vista jurídico" as possibilidades que permitam ao Estado avançar com as indemnizações.
Em causa está, sublinhou, a figura de indemnização de pessoas que deram, ao longo da sua vida, "por vezes a própria vida", muito ao Estado e que agora exigem ser compensadas por isso e pelas "muitas injustiças" a que estiveram sujeitos.
Condição que Bruno Dias apoia, mas adverte que o Governo poderá ultrapassar esta questão através de um decreto-lei sem ser necessário criar uma lei no âmbito da Assembleia da República.
O deputado comunista considerou mesmo "uma falta de vergonha" do Estado em não permitir aos ex-trabalhadores da ENU o direito a um "envelhecimento tranquilo" ao impedir, até agora, a equiparação a mineiros para efeitos de reforma.
Com o dedo apontado aos responsáveis da ENU(empresa estatal) no passado, os ex-trabalhadores recordam que nunca foram informados dos riscos que corriam ao tratar de urânio.
Um dos exemplos da "irresponsabilidade" veio da eleita do Bloco, que lembrou ter ouvido em Canas de Senhorim contar que os trabalhadores levavam para casa pedras de urânio, "porque tinham cores bonitas", para servirem como ornamento das suas salas.
O dirigente da associação de trabalhadores, António Minhoto, deu início ao plenário de hoje recordando que, desde a última concentração, a 01 de Maio passado, "mais dois companheiros morreram" sem verem "a aplicação da justiça para as suas causas".
E afirmou que se o Governo agora reconhece que os antigos mineiros têm direito aos exames médicos, então "também está a admitir que as indemnizações são uma obrigação" porque dezenas de famílias "ficaram em grandes dificuldades" após a morte de muitos dos que passaram "grande parte da vida no fundo da mina" de urânio.
(© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-06-17 21:05:01)

junho 14, 2007

FAÇA A SUA ESCOLHA

URÂNIO NÃO...OBRIGADO

junho 12, 2007

Convocatória


A Urgeiriça...no "Diário Regional de Viseu".

Terça-feira, 12 de Junho 2007
Governo aprova programa de saúde para ex-trabalhadores da ENU

Os ex-trabalhadores da ENU (antiga empresa de exploração de urânio localizada na Urgeiriça - Canas de Senhorim) vão ter "vigilância e apoio à saúde" num programa que o Ministério vai desenvolver até 2010.
O "Programa de Intervenção em Saúde" já teve o aval do ministro Correia de Campos, que hoje está em Viseu (ver caixa). Segundo o documento, a que o nosso Jornal teve acesso, o programa foi criado para que sejam "minimizados os possíveis efeitos da comprovada contaminação ambiental, com vista à identificação dos ex-mineiros, à sua vigilância e apoio à saúde, em condições de periocidade assegurada".
De acordo com as fases do programa, ainda durante este ano serão realizados os exames médicos a todos os ex-trabalhadores.
O passo seguinte envolverá a compilação da informação numa base de dados de forma a "consolidar o conhecimento sobre este grupo populacional" e referenciar os ex-trabalhadores para os respectivos médicos assistentes ou especialidades necessárias. Até 2010, o Programa prevê também uma vigilância periódica, assim como a elaboração de um relatório final sobre a sua implementação.
Fonte do Ministério adiantou ao nosso Jornal que o Programa justifica-se com o estudo técnico-científico MinUrar que indica que os ex-trabalhadores "têm um risco acrescido para a saúde por terem sido submetidos a uma maior exposição a materiais radioactivos". "Actualmente, 16 anos volvidos após o encerramento das minas, sem serviços de saúde ocupacional, os ex-mineiros sentem-se preocupados, dada a cada vez maior consciência dos riscos que a sua profissão possa ter implicado", adianta fonte ministerial.
MinUrar
O projecto MinUrar, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge em colaboração com outras entidades, teve como objectivo estudar as minas de urânio e os seus efeitos na saúde, recorrendo a três grupos de freguesias: a de Canas, onde se situa a mina da Urgeiriça e se efectuava o tratamento químico de minério, outras com minas mas sem secção de tratamento e ainda em outras sem actividade mineira.
Segundo o relatório, em média, os habitantes de Canas de Senhorim têm concentrações de polónio semelhantes aos das outras freguesias onde houve actividade mineira, "sendo ambas significativamente mais elevadas" que as registadas no terceiro grupo. Já as concentrações de chumbo indicam que os habitantes de Canas de Senhorim têm "uma taxa de ingestão actual deste radionuclido, provavelmente através da água de consumo", mais elevada do que os outros dois grupos.
Ex-trabalhadores
Os ex-trabalhadores, face às conclusões, têm vindo a exigir uma intervenção rápida por parte do Governo. A realização de exames médicos periódicos, a obtenção de benefícios na idade da reforma e o pagamento de indemnizações às famílias dos colegas que morreram são algumas das reivindicações.
Ontem, António Minhoto, porta-voz dos ex-mineiros, adiantou ao nosso Jornal que a aprovação do Programa é "um sinal de abertura às nossas reivindicações", mas deixou claro de que "não vamos baixar os braços às outras exigências".
Por isso, António Minhoto lembrou que para domingo está marcado um plenário onde vão ser discutidas as formas de luta prometidas, entre elas a presença no dia 1 de Julho em Lisboa aquando da tomada de posse da Presidência Europeia por parte de Portugal.

junho 09, 2007

"Vamos á casa do pessoal!?!..." A HISTÓRIA.

A Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça, fundada a 3 de Dezembro de 1951 pela então Companhia Portuguesa de Radium Lda, sendo o grande o grande impulsionador da sua fundação o Sr. Engenheiro James Ramsay, tem como objectivo estatuário o desenvolvimento físico intelectual dos seus associados, que eram todos os trabalhadores da CPR, criando-lhe condições de bem estar e recreação nas áreas Culturais, Sociais, Desportivas e Recreativas.


Cultural
Desde a sua fundação, os sócios dispõem de uma Biblioteca com obras e discos dos mais variados géneros. Funcionou um curso de formação social, na escola primaria para todos os trabalhadores que não sabiam ler e na década de 70 um curso de Inglês.


Cinema
De 1951 a 1992, foram exibidos filmes semanais, de qualidade, em película de 35mm.


Social
Durante vários anos, a Direcção tinha um fundo de assistência social que era concedido por doenças aos trabalhadores e familiares de empregados e operários, devidamente justificados. Apoiava os filhos dos trabalhadores, proporcionando durante 15 dias por ano, férias na Colónia Bissaya Barreto, na Figueira da Foz.
Foi responsável pelo funcionamento do Parque infantil que, com o apoio de uma auxiliar, mantinha o parque aberto das 9 ás 12h 2 das 14 ás 19h, sendo fornecido ao lanche um copo de banacau com quatro bolachas, duas torradas e duas de água e sal a todas as crianças. Durante alguns anos, a Casa do Pessoal teve a seu cargo a exploração da Cantina que servia os associados, de vários géneros de venda a retalho.


Teatro
O grupo de teatro desde 1952 tem levado á cena, no dia 3 de Dezembro, um espectáculo que inclui peças de teatro, récitas, música e teatro de revista. Participou nos ciclos de Teatro do Inatel.


Música
Funcionou uma escola de música; um rancho infantil com várias actuações, uma delas em Lisboa no Laboratório de Energia Nuclear; orfeão dirigido pelo Padre Domingos e um grupo musical “Urânios de Portugal” com muitas actuações.


Desporto
Participou vários anos no campeonato da FNAT depois do 25 de Abril no INATEL, onde foi campeão distrital, disputando várias fases finais a nível Nacional, nas modalidades de Futebol de 11, Andebol, Voleibol, Basquetebol, Ténis de Mesa, Pesca Desportiva e Atletismo (corrida e marcha).
Durante alguns anos com apoio de professores funcionaram classes de ginástica, de manutenção e rítmica.
Desde 1976 a 1991, a Casa de Pessoal organizou o seu grande prémio de marcha atlética que, além de ter sido pioneiro enquanto certame exclusivo de marcha, foi um estímulo para o aparecimento de outras organizações semelhantes em diferentes regiões de Portugal. Foi ao entusiasmo do nosso atleta Carlos Albano, que viria a fazer dele o motos do núcleo de praticantes e a torná-lo figura destacada da modalidade no nosso país, tendo sido membro da selecção nacional até finais da década de 80.


Recreativo
A Casa de Pessoal tem, como seu patrono S. Pedro, tendo na década 50/60 e parte de 70, realizado grandes festejos populares no parque infantil (ainda com frondosos pinheiros).
Realizou também matinés dançantes, com os “Urânios de Portugal” e bailes, sendo mais concorrido o baile de Santa Bárbara, no dia 4 de Dezembro.



"jogos"
São proporcionadas condições para a ocupação de tempos livres na prática de jogos de salão (damas, xadrez e sueca) e na leitura de jornais diários.



Bar
Tudo isto só foi possível devido às subversões da empresa (CPR, JEN e ENU) e à quotização dos seus associados e empenhamento dos mesmos, que tornou possível que se fizesse o campo de futebol, parque de jogos e ampliação da cave, sala de biblioteca, sala de leitura, sala de televisão e bar.

Antes
Actual
photos: André Neto
Vera Lúcia
pesquisa: efeneto

junho 07, 2007

...dê uma "espreitadela"...

Resultados dos questionários feitos a alguns habitantes do Concelho de Nelas
http://carreirasaude.blogs.sapo.pt/

Os nossos "infantes"...

Este é o video dos melhores momentos dos infantis do G.D.R. de Canas de Senhorim.



Parabéns a todos e em particular aos "infantes" como lhe chama o nosso amigo "ibotter" que residem na "nossa" Urgeiriça. Os infantis: André Neto; Artur Lemos; Daniel Silva; Ricardo Silva; e os "escolinhas": Filipe Gomes; Francisco Castela.

Tudo quanto sei com maior certeza sobre a moral
e as obrigações dos homens devo-o ao futebol.
Autor: Albert Camus.

junho 04, 2007

A Urgeiriça no..."Diário Económico".

Governo abre corrida ao urânio

10 empresas interessadas em explorar o minério usado na produção de nuclear.

Gilda Sousa
A crescente procura mundial de energia está a colocar Portugal no mapa das empresas de prospecção. Vêm à procura de petróleo, mas também de urânio, o combustível utilizado nas centrais nucleares de produção de electricidade. No primeiro caso, está-se ainda na fase de pesquisa. Quanto ao urânio, sabe-se que há um jazigo em Nisa, no Alentejo, com viabilidade económica. E há já 10 empresas interessadas no negócio.
O Governo já deu instruções para a elaboração de um caderno de encargos com vista à abertura de um concurso por convite. Segundo Carlos Caxaria, subdirector da Direcção Geral da Energia e Geologia (DGEG) o trabalho está pronto. Falta apenas a decisão política de avançar. A Economia mantém o silêncio sobre o que o Governo pretende fazer. A sensibilidade da opinião pública em torno da radioactividade será uma dos factores a ter em conta pelo Executivo. No entanto, Carlos Caxaria diz que essa polémica é “muito artificial” e sublinha que o Governo vai exigir experiência na exploração de urânio aos participantes no concurso. O eventual défice de cuidados que houve no passado em relação ao ambiente e à protecção dos trabalhadores está ultrapassado, afirma. De resto, acrescenta, a EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro tem provas dadas nesta área. A empresa pública conduz os trabalhos de recuperação ambiental das 61 minas de urânio descativadas. A última, a da Urgeiriça, em Viseu foi encerrada há 15 anos. Nisa esteve para ser aberta no início da década de 90, mas para ser viável o preço do urânio teria de passar a barreira dos 20 dólares e, na altura a cotação estava abaixo, nos 18/19 dólares, explica o responsável da DGEG. Nos últimos cinco anos, o preço multiplicou por 10. Recentemente, a SXR Uranium, estima que no próximo ano, este minério possa chegar aos 250 dólares. É este mesmo factor que explica o renovado interesse pela pesquisa de outros metais no nosso país, conhecido “riqueza e diversidade” geológica. O Governo atribuiu, no final de Maio, 11 novas concessões para prospecção de volfrâmio, zinco, cobre, ouro, prata, estanho, ferro.

EDM na calha para privatizar
Esta participação numa futura mina de urânio pode dar um contributo importante para a privatização da EDM- Empresa de Desenvolvimento Mineiro. O Governo deu este ano orientações à administração, liderado por Delfim de Carvalho, para preparar a empresa para a venda. E isso passa pela valorização. Nesta altura, a EDM está limitada à recuperação das minas abandonadas. Os activos mais interessantes dependem da exploração. Neste âmbito, além do urânio, há uma hipótese de abrir uma nova mina de cobre em Gavião e de participar nas novas descobertas da Eurozinc no Alentejo.

Caderno encargos
- Participação nacional: exige-se que a empresa vencedora dê pelo menos 25% do capital da sociedade mineira à EDM, podendo esta posição ir até 40%.
- Contrapartida: o vencedor terá de pagar cinco milhões de euros à cabeça. É uma espécie de direito de entrada.- Royalties: o vencedor terá de pagar, por ano, entre 2,5% e 6,5% ao Estado sobre o valor da venda do minério à saída da mina.

junho 01, 2007

Dia Mundial da Criança

Vamos parar por 1 minuto e 54 segundos e pensar que as crianças são o melhor do Mundo...