O portal de Canas de Senhorim

janeiro 27, 2008

Em cima da mesa...I


Futuro
Parque Temático

Anfiteatro.






janeiro 25, 2008

Trabalhadores da ENU: PCP defende direitos iguais


O PCP entregou, na Assembleia da República, um projecto-lei que altera o regime jurídico de acesso às pensões de invalidez e velhice, no sentido de equiparar todos os ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, sediada em Canas de Senhorim, Nelas, a trabalhadores de fundo de mina, para efeitos de antecipação da idade de reforma.

O projecto-lei, que tem como primeiro subscritor o secretário-geral do PCP, o deputado Jerónimo de Sousa, exige ainda a monitorização médica "consistente e periódica" de todos os ex-trabalhadores, no sentido de detectar possíveis desenvolvimento negativos da actividade que levaram a cabo".

E defende a atribuição de indemnização "em caso de morte como consequência da profissão, aplicando assim o carácter de doença profissional às doenças que se venham a verificar nos ex-trabalhadores da ENU, nomeadamente as neoplasias malignas que têm afectado, só na região da Urgeiriça, várias dezenas de ex-trabalhadores".

"Só a conjugação destas três medidas pode garantir que o Estado não se demita das suas responsabilidades perante estes trabalhadores, independentemente das datas da cessação dos seus vínculos laborais", defende o preâmbulo do projecto-lei, referindo-se ao Decreto-Lei nº 28/2005, de 10 de Fevereiro, que equiparou os trabalhadores que conservavam o vínculo à data da dissolução da Empresa Nacional de Urânio SA.. Decreto-lei que acabou por criar "uma situação de injustiça perante todos aqueles que foram efectivamente trabalhadores da ENU, em fundo de mina, áreas de exploração, anexos mineiros ou obras e imóveis afectos à exploração, mas que não estavam vinculados à empresa no momento da sua dissolução", argumenta o PCP.

No que se refere ao acompanhamento médico, os comunistas propõem o alargamento aos descendentes directos dos trabalhadores, também de forma gratuita, com o objectivo de identificar consequências decorrentes da actividade mineira. E defendem a "prestação gratuita dos tratamentos médicos necessários.

Texto deIsabel Costa Bordalo
Jornal do Centro

janeiro 22, 2008

António Minhoto VS Manuel Marques

AZU apresenta queixa
contra
vereador por difamação

A associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU) anunciou hoje ter apresentado uma queixa-crime por difamação contra o vereador da Câmara de Nelas Manuel Marques, que acusa de ter chamado «terrorista político» ao seu presidente, António Minhoto.

António Minhoto disse à Agência Lusa que a acusação foi feita por Manuel Marques a propósito da recente denúncia da AZU sobre a poluição na Ribeira da Pantanha, numa extensão de quatro quilómetros, entre a Barragem Velha da Urgeiriça (Canas de Senhorim) e o Rio Mondego, no concelho de Nelas.
Depois de António Minhoto ter atribuído a poluição a um pólo empresarial de Canas de Senhorim «que a autarquia tem de saber cuidar, criando condições para as empresas se instalarem, especialmente ao nível do tratamento dos resíduos industriais», o vereador Manuel Marques disse que «esse senhor é um terrorista político que quer destruir o concelho de Nelas», segundo o Jornal de Notícias de 11 de Janeiro.
Por considerarem esta afirmação «deselegante» e que «não corresponde nem à situação em causa, nem à postura da AZU desde a sua fundação», os órgãos sociais da associação decidiram avançar com uma queixa-crime contra Manuel Marques.
Contactado pela Lusa, o vereador Manuel Marques (PSD/CDS-PP), responsável pelo pelouro do Ambiente, confirmou ter chamado a António Minhoto «terrorista político», uma atitude da qual diz não estar «nada arrependido».
«Ele faz política de qualquer maneira, de uma forma terrorista», referiu, ao justificar o epíteto, acrescentando que a afirmação aconteceu num contexto de «um encher de ataques, quer pessoais, quer políticos».
A associação ambientalista lembra que foi criada em 2003, «para salvaguardar a existência de um melhor ambiente» na região, onde esteve sedeada a Empresa Nacional de Urânio (ENU) e durante décadas foi explorado aquele minério.
«A AZU contribuiu, com a sua insistência, para que o problema assumisse uma dimensão nacional, permitindo que a recuperação ambiental se iniciasse e fosse realizado um estudo epidemiológico sobre o impacto da radioactividade nas populações», acrescenta.
Por entender que todas as actividades que desenvolveu foram «sempre realizadas no mais estrito respeito pelas instituições e pelas pessoas», a AZU considera «abusivo o epíteto» atribuído ao seu presidente.
Manuel Marques disse à Lusa que, se o que António Minhoto queria era «averiguar uma questão ambiental do seu concelho, tinha feito de outra forma: se não queria dirigir-se ao vereador, poderia ter ido ao gabinete do ambiente».
«A Câmara tem um gabinete devidamente instruído. Ele perguntou alguma coisa a alguns dos nossos técnicos?»,
questionou, concluindo que António Minhoto apenas quis «show off político».
Manuel Marques referiu que tudo faz «em defesa dos industriais do concelho», garantindo que no caso da poluição da Ribeira da Pantanha, estes estão a agir dentro da lei.
«Os parâmetros das descargas estão dentro dos parâmetros legais», assegurou.
O autarca, que é advogado, disse que aguardará «serenamente» o desenrolar da queixa-crime, que diz ser «apenas mais uma», lembrando nunca ter sido condenado em nenhum dos casos.
António Minhoto já recebeu a solidariedade da comissão dos ex-trabalhadores da ENU, da qual tem sido porta-voz, e também da associação ambientalista Amigos da Serra da Estrela.
«Não há desculpa para quem quer que seja, e muito menos para autarcas que representam o povo que governam, que quando interpelados a corrigir nefastos efeitos ambientais utilizem vocabulário hostil e injusto», refere uma carta da comissão de ex-trabalhadores enviada a António Minhoto, a que a Lusa teve acesso.
Na sua opinião, «só por maldade ou ignorância» se pode «acusar de terrorista político» António Minhoto, dada a sua «honradez, honestidade» e o facto de ser «defensor dos direitos dos trabalhadores, das populações do seu concelho e das causas ambientais».
A associação Amigos da Serra da Estrela considera, por sua vez, que «se está perante um responsável autárquico que perdeu o sentido das palavras», lembrando que António Minhoto só estava a exercer o seu «direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender», previsto na Constituição.
Neste âmbito, aconselha Manuel Marques a interrogar-se «sobre o cargo que exerce e se quer correr o risco de, futuramente, ter de vir a chamar de terroristas políticos a muitos mais munícipes que defendam o meio ambiente».
Diário Digital / Lusa

janeiro 18, 2008

Velhos Tempos


[clique na imagem]


Gentileza: Município

janeiro 10, 2008

Ribeira da Pantanha II

Ribeira da Pantanha
desde ontem que está
coberta de espuma.
É mais um caso de poluição de cursos de água em Portugal. Desde ontem que a Ribeira da Pantanha, no concelho de Nelas, foi invadida por uma estranha espuma branca.

Estas fotos foram tiradas ontem pela Associação Ambiental nas Zonas Uraníferas (AZU). A AZU suspeita que o foco poluidor seja o pólo industrial 2 do concelho de Nelas.
Esta ribeira há muitos anos que sofre com problemas de poluição das antigas minas da Urgeiriça, mas estava já praticamente despoluída graças aos trabalhos de recuperação ambiental.
A AZU já apresentou queixa à GNR e vai também enviar a informação recolhida para o Ministério do Ambiente.

Fotos tiradas pela:
Associação Ambiental nas Zonas Uraníferas à Ribeira da Pantanha
Emanuel Nunes
Jornalista SIC online

Ribeira da Pantanha

Espuma branca e malcheirosa 'invade' Ribeira da Pantanha

A Ribeira da Pantanha apresenta há vários dias poluição numa extensão de quatro quilómetros, entre a Barragem Velha da Urgeiriça e o Rio Mondego, no concelho de Nelas.





António Minhoto, da AZU, disse que, «de tempos a tempos a Ribeira da Pantanha tem apresentado uma poluição estranha: uma espuma de cor branca, que cheira mal».

Segundo o ambientalista, antigo trabalhador da Empresa Nacional de Urânio (ENU), que tinha minas na Urgeiriça (freguesia de Canas de Senhorim), esta poluição não terá nada a ver com os resíduos deixados pela exploração daquele minério.

«Serão descargas de uma empresa a montante da Barragem Velha da Urgeiriça que não trata os seus resíduos», afirmou, explicando que a poluição resultante da exploração do urânio era diferente, «deixava a água escura, barrenta, porque transportava terras com materiais radioactivos».

António Minhoto contou ter-se apercebido da poluição no fim-de-semana, altura em que apresentou uma queixa à GNR, lamentando que, apenas hoje, «depois de renovada a queixa», elementos da equipa de protecção do ambiente e natureza se tenham deslocado ao local para recolher amostras da água.

«A poluição não pode esperar para o outro dia», defendeu, acrescentando que, além da Ribeira da Pantanha, também o leito do Rio Mondego poderá ficar poluído.

Segundo o ambientalista, estas descargas já tinham originado outras queixas, havendo relatos de «peixes mortos na barragem dos Valinhos por causa da poluição».

O capitão Filipe Soares, comandante do destacamento de Mangualde da GNR, confirmou a existência de poluição na Ribeira da Pantanha, que está a ser averiguada, havendo suspeitas de descargas ilegais.

Explicou que, no sábado à noite, assim que a GNR recebeu a denúncia, elementos do posto de Canas de Senhorim se deslocaram ao local, «mas não conseguiram detectar se havia ou não poluição» porque estava escuro.

«Voltaram no domingo logo de manhã e verificaram que havia espuma. Tentaram averiguar de onde vinha e foram informados por industriais da zona de que a espuma era de um tratamento para águas residuais», acrescentou.

Segundo Filipe Soares, foi accionada a equipa de protecção da natureza e ambiente, que se deslocou ao terreno, onde regressou hoje «porque recebeu nova denúncia».


[...]

O novo ataque ambiental vem através da Ribeira de Pantanha para o Mondego. Pensamos que deve ser de uma zona de empresas a montante, entre Nelas e a Urgeiriça, e que não tem nada a ver com a ENU [Empresa Nacional de Urânio] ”, afirma António Minhoto.

O ambientalista diz que foi feita queixa à GNR no fim-de-semana, mas que só esta quarta-feira é que a Brigada do Ambiente se deslocou ao local.

A situação foi desmentida pelo Capitão Filipe Soares. O comandante do destacamento da GNR de Mangualde diz que já foi identificada a origem da poluição e acrescenta que a queixa foi feita sábado à noite e que a GNR esteve no local logo no domingo de manhã.

Foram feitas colheitas de água e estão já identificados os autores das descargas”, adianta o Capitão Filipe Soares.

Compilação: Lusa/Sol/R Renascença

janeiro 08, 2008

"Danças Ocultas" na Casa de Pessoal

“Danças Ocultas” estará em Canas de Senhorim, repondo a Feira Medieval prevista para o passado dia 29 de Setembro e que não se chegou a concretizar devido ao mau tempo. Será no dia 26 de Janeiro às 21,30 horas, no salão de espectáculos da Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça.


Danças Ocultas é o nome de um grupo musical português constituído por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel. Danças Ocultas é a aceitação mútua do desafio de explorar, imaginar e conceber novas linguagens musicais, transformando o mundo pelo som e desenvolvendo todas as possibilidades da máquina inventada no século XIX - o acordeão diatónico, em Portugal conhecido como concertina.

janeiro 03, 2008

Bispo de Viseu recebeu trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio

Uma delegação de antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU) visitou, na tarde do dia 3 de Dezembro, o Bispo de Viseu com a finalidade de o informarem e pedirem a solidariedade e apoio.
D. Ilídio Leandro ouviu este grupo e prometeu inteirar-se melhor do processo e estudar formas de apresentar a sua solidariedade e apoio perante os poderes constituídos, refere uma nota da Diocese.
No passado mês de Novembro, os ex-trabalhadores das minas da ENU concentraram-se numa vigília de 24 horas diante do Governo Civil de Viseu, para exigirem a requalificação ambiental das minas da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, Nelas, e indemnizações aos familiares das 100 vítimas que contraíram doenças cancerígenas devido à exposição à radioactividade.
Diocese de Viseu