O portal de Canas de Senhorim

agosto 30, 2009

22 Agos - Tenis Mesa Feminino


Seniores Femininos:

Ana Isabel
Lurdes Moitas
Mónica Monteiro
Cristina Monteiro

agosto 27, 2009

22 Ago - Tenis Mesa Infantis




Participantes:
Infantis Masculinos e Femininos:


Flávia Moitas
Guilherme Moitas
Miguel Lemos
João Moitas
Ruben
Luís Rafael
Débora Sofia


agosto 25, 2009

Procuram-se os Miúdos da "uxa"


Numa esperança de efectivar um possível encontro dos primeiros miúdos da Urgeiriça e que por razões várias saíram da área.
Gostávamos dos contactos de, ou ser contactados, Ana Maria (Anita) Rodrigues, Óscar Valério, Conde, Hermínia Cruz "Armandito Cruz", Bet Cruz, Olga, Daniel Cardoso, Judite (Gil), Laurentina (filha do Sr. Amável) Maria Trindade Ramos Manuela, Odete Dias, Fernanda, e todos os outros mais que não nos recordamos de momento, pois já la vai mais de meio século. A Amizade e muita e a saudade ainda maior.
Favor contactar por correio electrónico para:
[Tino]
tinos@tmlp.com
[Rosa Maria]
Rosem09@aim.com
ou telefone nos Estados Unidos da América
508 822 9833 ou 508 822 5933 [Tino] ou 732 3260184 [Rosa Maria]
Ou Fernando Neto pessoalmente ou através do correio electrónico:
efeneto@gmail.com

Os "Amigos" Agradecem

Somos novos nisto, por esse motivo não pensamos, e ainda bem porque se pensássemos não sairia tão bem. O improviso e a imaginação são o novo forte mas só não chega. Precisamos de suportes para as ideias e temos o privilégio de as conseguir. Até agora nunca ninguém nos fechou a porta e nalguns casos até nos abrem a janela se for necessário e isso dá-nos força para continuarmos.
Queremos agradecer aqui publicamente á Direcção da Casa de Pessoal da Urgeiriça pelo apoio financeiro que nos tem facultado pois sem ele nada seria possível.
Um agradecimento muito especial aos AMIGOS que em boa hora se ofereceram, prepararam e organizaram o Karaoke Mineiro. Para o Humberto Fonte, o Rui e o João Pina aquele muito sincero bem-haja. Fazer sem querer nada em troca nos dias que correm começa infelizmente a ser raro mas eles fazem-no.
Quando a sociedade civil não tem os meios recorre-se às entidades competentes. Á Junta de Freguesia, á Câmara Municipal, ao Agrupamento de Escolas e muito particularmente ao Professor Luís Pinheiro o nosso profundo agradecimento pela cedência da aparelhagem e pela colaboração sempre pronta e descomprometida.
Para terminar um agradecimento á população da Urgeiriça. Sempre presentes e alegres. Agradecemos também aqueles que nos criticam, mal eles sabem que nos dão mais força ainda. Como diz o povo num rebanho á sempre ovelhas negras, podem ser que aos poucos comecem a mudar de cor.
Ao longo desta semana iremos publicar no a reportagem das diversas actividades do “22 de Agosto em CHEIO”. Estejam atentos, a Urgeiriça cresCE

agosto 19, 2009

Os politicos andam aí...

agosto 07, 2009

22 Agosto em CHEIO




agosto 06, 2009

É a minha...


...batata (Solanum tuberosum). Canense de gema nascida na Rua das Poças e irá morrer algures num prato na Urgeiriça.

agosto 05, 2009

ARROZ aTORDOado

Francisco Cardoso


efeneto – Histórico dinossauro do Partido Socialista de Nelas? Um “animal político” a nível local? Quem é Francisco Cardoso?
F Cardoso - È sempre muito difícil falar ou escrever sobre nós, é preferível e desejável que sejam outros que o façam. Mas como não há remédio, pois não podemos pôr outros a responder às questões que nos são postas, aí vão as respostas que penso que irão elucidar as pessoas com quem tenho relações cordiais e que não sabem nada de mim e acalmar outros que não me conhecendo fazem-me o favor de serem meus ferozes detractores.
Quem é este ser a quem deram o nome de Francisco, Almeida por parte da Mãe e Cardoso por parte do Pai? Nasci numa aldeia que dista quarenta quilómetros daqui e aqui (CANAS DE SENHORIM) cheguei nos meados de Maio de mil novecentos e quarenta e seis. Descendo de uma família paupérrima que procurou sustento nas Minas da Urgeiriça como tantas outras. Não sou histórico de coisa nenhuma e muito menos dinossauro; sou apenas um homem que pela vivência que teve desde muito cedo aprendeu a dizer não há direito e a rebelar-se contra situações de injustiça. Sou um homem simples que não gosta de complicar; mas, a minha simplicidade: não me coíbe de ter opinião e de a exprimir seja em que situação for, não me coíbe de tomar partido, não me coíbe de lutar por aquilo que acho justo, em suma não me coíbe de ser polémico, isto é, não me coíbe de ser eu. Aderi ao Partido Socialista algum tempo depois do vinte e cinco de Abril, sou um militante activo e interventivo. Fui delegado sindical e dirigente sindical, no exercício destas funções orgulho-me de ter dado tudo na defesa dos interesses dos meus camaradas. Se isto é ser animal político, assim seja.

efeneto – A sua cumplicidade com o Professor José Correia é por demais evidente. Continua a achar que o Professor gosta da Vila de Canas de Senhorim?
F. Cardoso - Eu não tenho cumplicidade nenhuma com o Dr. José Lopes Correia, Ele é apenas um dos poucos amigos que tenho e mais nada. Não andamos a maquinar nada seja contra quem quer que seja, falamos de tudo um pouco, umas vezes estamos de acordo outras não e respeitamo-nos. Claro que o meu amigo Dr. José Correia gosta da Vila de Canas de Canas de Senhorim. Os seus detractores dizem cobras e lagartos dele, atribuem-lhe afirmações que ele nunca proferiu e usam óculos de vidro opaco quando dizem que ele não fez nada na freguesia de Canas de Senhorim. As obras estruturantes que se fizeram nesta freguesia cheiram apenas a dois homens: Dr. José Correia e Dr. José Vaz.

efeneto – Canas a Concelho. No seu entender ainda é viável ou pelo contrário nunca o foi?
F Cardoso - Não è a mim em particular que deve perguntar se a elevação de Canas de Senhorim a Concelho é viável ou não; essa pergunta terá que a fazer a todos os Canenses. Na minha opinião neste momento a viabilidade da freguesia de Canas de Senhorim ser elevada a Município é nula, no futuro, se os Canenses forem capazes de investir as suas poupanças na sua terra e desenvolve-la economicamente e elevar substancialmente a sua população, então terão alguma possibilidade, se pelo contrário os nossos conterrâneos continuarem a investir as suas poupanças nas cidades costeiras, o Município será sempre uma miragem.

efeneto -Como considera a candidatura do Professor José Correia, um projecto, uma teimosia ou uma burrice?
F Cardoso - O Dr. José Correia foi Presidenta da Câmara durante vinte e dois anos, quando tomou posse pela primeira vez do destino do Município de Nelas este era dos Municípios mais atrasados do país, era de uma pobreza Franciscana, quando saiu deixou um Município pujante, onde todos os munícipes tinham o pão garantido. Com a maior parte das infra-estruturas feitas. Acha que o Dr. José Correia fez isto tudo sem projecto? Acha que fez isto tudo por teimosia ou por burrice? Claro que tem um projecto e no que se refere a Canas de Senhorim é bastante ambicioso.

efeneto – Não desprezando as outras possíveis candidaturas, quem se perfila a vencer as eleições para a Junta de Freguesia de Canas de Senhorim, o Movimento CIM, o Partido Socialista ou o MRCCS?
F Cardoso - O povo da freguesia de Canas de Senhorim é um povo trabalhador, amigo do seu amigo e solidário, mas quase sempre reage a quente aos desafios que lhe são postos, tornando-se na maior parte das vezes seguidista e assim preza fácil de interesses menos claros. Assim é muito difícil prever a decisão do eleitorado. Vejo com muita simpatia a candidatura do Movimento C.I.M. e exorto-os a continuarem a contribuir para o debate público dos problemas da nossa Freguesia. Apesar da simpatia que o dito movimento me merece eu vou votar Partido Socialista.

efeneto – Tudo indica que o candidato do seu partido sairá da dupla Jorge Silva ou Dirceu. Que me tem a dizer?
F Cardoso - Dirceu ou Jorge Silva para mim tanto me faz. Sou amigo dos dois e sei que ambos têm qualidades e capacidade de sobra para exercerem o lugar de Presidente da Junta de Freguesia. São sem dúvida os melhores candidatos, é pena só poder ser um.

efeneto – É opinião generalizada que o MRCCS [Movimento para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim]morreu ou está em vias disso. Por outro lado surge o nascimento do MRCN [Movimento de Reconciliação com Nelas]. É benéfico para Canas de Senhorim a actual aproximação do actual Presidente da Junta com a actual Presidente da Câmara Municipal de Nelas sendo este o ainda líder do MRCCS?
F Cardoso - Meu caro amigo, os problemas da Freguesia de Canas de Senhorim não se defendem com siglas, Defendem-se na Assembleia Municipal onde o Sr. Presidente da Junta desta freguesia tem assento por inerência do cargo e com direito a voto. Onde é que ele esteve? Eu era Deputado Municipal e nunca o vi por lá. MRCCS ou MRCN, tudo isso são falácias que não levam a lado nenhum e só beneficiam um ou outro esperto à custa deste Povo que merece bem melhor.

efeneto – A entrevista está séria demais. Vou dizer uma piada. A Candidatura do Professor José Correia terá apenas um voto em Canas de Senhorim, o seu. Concorda ou é mesmo uma piada de mau gosto.
F Cardoso - Meu amigo prepare-se para uma grande surpresa.

efeneto – Só um terramoto politico fará o Partido Socialista ganhar a maioria absoluta e ou mesmo as eleições. De quem é a culpa? Das cúpulas? Das bases?
F. Cardoso - Um pouco de todos.

efeneto – Sei que possivelmente não me irá responder mas terei que lhe fazer a pergunta na mesma. Será candidato á Junta de Freguesia, á Assembleia Municipal ou será o quarto elemento á Câmara Municipal?
F. Cardoso - Não sei. Até vinte sete de Setembro conforme o evoluir da situação política nacional assim decidirei. Mas se não puder cumprir o que disse e escrevi, justificar-me-ei junto dos meus amigos mineiros, penso que eles me compreenderão.

efeneto – No seu perfil podemos ler ; “DO ALTO DO MEU TELHADO EU VEJO”. Diga-nos o que vislumbra do alto do seu telhado?
F. Cardoso - O início dos últimos séculos foram extremamente agitados por convulsões violentas que levaram a guerras quer europeias, quer mundiais. Assim foi nos séculos XVIII, XIX e Século XX. Não è necessário fazer uma análise muito profunda para se chegar à conclusão de que as causas são sempre as mesmas. A exploração dos países pobres pela ganância dos países ricos, a crise económica e social, a ladroagem e a corrupção institucionalizadas, a falência da justiça, o empobrecimento da grande maioria da população mundial e a insanidade do terrorismo politico e não só. Ora, estas situações levam á descrença e apodrecimento das democracias. Quando as democracias entram em falência, normalmente emergem outras forças até aí ocultas, que pegam nas bandeiras: da segurança, da justiça, da justiça social, da transparência e outras e com o apoio do Zé, cansado de sofrer, conquistam o poder e impõem-nos através de governos musculados novas formas de escravidão. Quem pensar que o fascismo, o nacional-socialismo, o estalinismo e outras organizações políticas totalitárias estão erradicados da sociedade ocidental está muito enganado. Essas forças políticas vivem na clandestinidade organizando-se e esperando a hora de aparecer à luz do dia e poderem impor a sua lei. Nas guerras e revoluções do século XX morreram cerca de duzentos milhões de seres humanos e os prejuízos materiais foram de triliões de euros. Quem pagou esta factura? Foram os barões do dinheiro? Não amigos, esses ganharam, quem pagou a factura foi o povo anónimo, aqueles que de seu só tinham a inteligência e a força dos seus braços para venderem. Na guerra servindo de carne para canhão, na reconstrução servindo para pagar impostos. Do alto do meu telhado eu vejo o inicio do século XXI, igualzinho aos três séculos que atrás referi, se não pior. Tenho o pressentimento que vem aí sarrafusca da grossa, só que agora com consequências imprevisíveis. Deus queira que esteja enganado.

efeneto – Minas da Urgeiriça. Onde em criança brincou, conte-nos uma história com olhos de criança.
F. Cardoso - Meu Caro amigo, eu nunca fui criança, desde tenra idade que me tornei num homem, desde que me conheço a minha brincadeira chama-se trabalho; naqueles tempos muito difíceis tive que ajudar os meus pais a criar os meus irmãos, aos seis anos já rapava erva da manta para o meu Pai cavar. Claro que guardo imagens desse tempo. Imagens que até hoje me perseguem e moldaram o meu carácter. Por causa delas me tornei um lutador e por causa delas O meu amigo me chamou de histórico, dinossauro e animal político. Quando os mineiros morriam de desastre ou da doença da mina (silicose), vinham os representantes da Companhia Portuguesa de Rádio dar os sentimentos às viúvas e oferecerem a solidariedade da empresa. Uma semana depois do funeral, davam-lhes oito dias para despejarem a casa onde viviam, pois precisavam dela para ser ocupada pela família do mineiro que vinha substituir o que tinha morrido. As viúvas que nas aldeias de onde vieram tinham algo de seu, aí regressavam mourejando nas belgas que tinham para criar os filhos. As viúvas que nada tinham, por vezes arranjavam uma barraca no perímetro do couto mineiro e vendiam amor para criar os filhos que o seu amor lhes tinha deixado Conheci essas mulheres, por respeito a essas heroínas que já não estão entre nós, assim que conseguiam angariar sustento de outra forma para si e para os seus paravam imediatamente de se venderem, os nomes delas nunca os revelarei.

efeneto – Já vai longa a entrevista mas para terminar faço-lhe o seguinte desafio: Numa pequena frase tipo slogan de campanha eleitoral diga-nos o que pensa de:
Dr. Adelino Amaral, Amália Rodrigues, Dra. Isaura Pedro, Mao Tsé-Tung, Prof. Luís Pinheiro, Mota Veiga e por fim de Fernando Neto.

F. Cardoso - Amália Rodrigues, ( a Diva maior de uma canção menor)
Mao Tsé-Tung (Traidor de uma revolução)
Carlos Mota Veiga (Um amigo)
Fernando Neto, no início da resposta à ultima pergunta está escrito o que penso de si,
Isaura Pedro e Luís Pinheiro, (Adversários políticos)
Adelino Amaral (um Amigo desavindo).

agosto 04, 2009

A Minhoto na A Republica II

Francisco Louçã apresentou ontem no Fontelo a candidatura de António Minhoto à Assembleia da República pelo círculo de Viseu, mandatada pelo Padre Costa Pinto, conhecido pelas suas posições favoráveis à despenalização da IVG e ao divórcio.

Louçã começou por referir "o orgulho em ter António Minhoto (independente) nas listas do Bloco de Esquerda", porque juntar forças é isso mesmo, "é construir pontes com quem tendo por vezes opiniões distintas, sente a mesma urgência de mudança, a mesma preocupação com os problemas dos jovens e dos idosos, da saúde e da interioridade, da economia e do respeito pelas pessoas, ou seja, a mesma ânsia de alternativa política". E os valores do BE estão nestas pessoas que sempre defenderam a dignidade do outro por todo o distrito, enaltecendo a atitude do mandatário Padre costa Pinto que se pôs ao lado das mulheres quando do referendo à IVG. É "destas pessoas que dizem o que pensam, doa a quem doer, mas que sabem o que dizem, conhecem as pessoas de quem falam, falam como elas e falam por elas" que os movimentos populares como o BE precisam, apontando ainda para o dia ser de celebração dos 80 anos do nascimento de José Afonso, outro grande e livre pensador que "trazia no coração os valores mais elevados da fraternidade e solidariedade representados pela cultura portuguesa."

A intervenção de António Minhoto centrou-se no facto de apesar de ser independente não ser indiferente à urgência de mudança e de uma nova alternativa esquerda que vá de encontro às necessidades das pessoas:
"Sou um candidato independente mas não sou independente aos problemas da vida, aos trabalhadores que no distrito lutam contra o lay-off, na Citroen em Mangualde ou em Nelas na Borgstena. Não sou independente aos problemas dos trabalhadores da ENU e por isso tenho estado sempre ao seu lado, na persecução da mais elementar justiça. Não sou independente à luta que os professores travam pela dignidade da profissão, contra um governo que os quer combater, dividir e destruir. Não sou independente aos problemas da juventude que após tantos anos de estudos e sacrifícios dos pais que os apoiaram só têm o desemprego à espera. Não sou independente aos problemas dos idosos, num distrito cada vez mais envelhecido pela falta de perspectivas que levam os jovens a partir para outras paragens. Não sou independente da crise por que atravessa os pequenos comerciantes que como eu passam graves dificuldades e vêm um futuro pela sobrevivência bastante difícil. Não sou independente aos problemas ambientais e por isso tenho travado uma dura luta pela recuperação das minas abandonadas em Portugal, mais concretamente nos distrito de Viseu, Coimbra e Guarda, para que se resolva este grave problema para a saúde das populações, a agricultura, a água, a fauna e a flora. Não sou independente ao encerramento de urgências que satisfaziam as necessidades de populações já de si abandonadas e por isso estive ao lado delas em Nelas, Santa Comba, Vouzela, Castro Daire, São João da Pesqueira e tantos outros, levando a que em 2006 se realizasse aqui uma grande concentração que colocou um travão na sangria e a que hoje mesmo José Sócrates nos tenha dado razão ao afirmar que foi um erro fechar as urgências."
Falando acerca do seu passado e perspectivando o futuro afirmou:

"Sou independente mas não independente da vida cívica e das lutas que venho travando há mais de 40 anos. Venho de famílias muito humildes e fui muito cedo obrigado a trabalhar. Confesso que para ter mais uns "tostões" engraxava sapatos junto aos cafés da vila. Ao contrário dos meus adversários aqui no distrito a quem desde já saúdo, não tenho um canudo académico. Mas tenho um canudo da vida, de ter estado sempre ao lado de quem trabalha, de estar lá em baixo com o povo e com quem mais precisa, sentindo aquilo que eles sentem, sofrendo aquilo que eles sofrem, de ter sido eleito pelos meus colegas da ENU durante os 13 anos que lá estive, de ter sido presidente de várias associações cívicas por onde passei e Deputado Municipal na Assembleia de Nelas. Não tenho o canudo da Universidade mas tenho o canudo da vida, do trabalho e da experiência, e esse penso que o passei com distinção. E é com este canudo que faço um compromisso de honra, que é o de estar sempre com coragem e dignidade sempre ao lado daqueles que precisam. E deixo aqui três ideias:

1) Será que um deputado é aquele que só aqui aparece de 4 em 4 anos para pedir o voto às pessoas, desligado da vida e dos problemas dos trabalhadores? Não é esse o meu entendimento e assumo desde já que se for eleito abrirei um gabinete publico aqui em Viseu para que as pessoas possam manifestar-me as suas preocupações, comprometendo-me eu a deslocar-me a todos os concelhos do distrito para auscultar as pessoas. 2) Comprometo-me ainda, apesar das promessas adiadas e desacreditadas de PS e PSD de lutar pela ligação de Viseu à ferrovia, combatendo assim a poluição, o tráfego nas estradas do concelho e a falta de investimento. 3) Outro compromisso será a aposta nas seis zonas termais de excelência que existem na região, ignoradas por estes deputados e por estes governos, e que poderão ser factores de desenvolvimento, à semelhança de são Pedro do Sul."

O destaque foi para a intervenção do Mandatário Padre Costa Pinto, conhecido pelo apoio ao sim no referendo à IVG, que disse "Todos somos políticos e eu concordo com a doutrina do Bloco de Esquerda, sendo que em alguns pontos concordo entusiasticamente" sendo que Francisco Louçã faz a diferença porque quando é preciso "chama os cornos do boi" e não esconde os "trunfos" do baralho como em outros partidos. "Não conseguimos pensar pela nossa própria cabeça se usarmos a dos outros. E isto é doutrina política e doutrina da igreja, até porque no Segundo Concílio Vaticano se afirmou explicitamente que "é a decisão da consciência que interessa" e não de A, B ou C, seja este Papa, Bispo ou Padre. O mesmo documento reafirma que não há nenhuma autoridade humana com autoridade para impedir a livre expressão da opinião e a livre manifestação da consciência do indivíduo", acrescentando que alguns dos seus colegas ou não sabem ou fingem não saber acerca disso, e que ele próprio tem a "felicidade ou infelicidade de ler tudo e estudar tudo. E aos colegas que dizem que ele por vezes vai contra a igreja responde: "aponta-me onde leste isso, mas ninguém responde".

O Bloco de Esquerda espera obter um bom resultado em Viseu nas próximas Eleições Legislativas que se for semelhante à votação para as últimas Europeias se pode traduzir na eleição de um deputado.
BE-Viseu

agosto 01, 2009

Antonio Minhoto na A.R.

Fontelo/2 de Agosto
BE apresenta António Minhoto, candidato à AR por Viseu

Com a Presença de Francisco Louçã, será apresentada este Domingo às 16h no Fontelo (em frente às piscinas municipais)o Cabeça de Lista à Assembleia da República por Viseu, António Minhoto.

"Estamos a viver uma crise sem precedentes, consequências dos erros políticos cometidos pelos partidos que têm governado o país. Não é possível continuar a assobiar para o lado. É urgente uma política que responda às necessidades das pessoas, e isso passa por uma esquerda socialista de confiança.Contamos com tod@s nesta alternativa! " in BE-Viseu

Retrato de António Minhoto:

Às sete da manhã, uma hora mais tarde na época baixa, o dia está a começar para António Minhoto. Em poucos minutos percorre de carro os escassos quilómetros que separam a sua casa, à saída de Nelas, do Quiosque Sombrinha, um café-pastelaria nas termas de Caldas da Felgueira.

O caminho é sempre a descer até à margem da ribeira do Pantanha, a um pulo do Mondego, muitas vezes mergulhada em espesso nevoeiro. Mas isso pouco lhe importa, pois Minhoto não é homem para se preocupar com detalhes. São muitas as horas do seu dia de trabalho, preenchidas a atender clientes e a gerir o negócio, que explora desde 1990 com a mulher. "Foi a única saída que encontrei depois de ter sido obrigado a aceitar o despedimento da Empresa Nacional de Urânio [ENU] em 1989. É o meu ganha-pão para sustentar a família com menos dificuldades", explica.

Nada do que ficou dito o distingue especialmente de tantos outros pequenos empresários. Mas António Minhoto, de 56 anos, nascido em Nelas, casado e pai de duas filhas já adultas, é um empresário diferente. Começou a trabalhar muito cedo, foi a maior parte da vida um "trabalhador indiferenciado" - a expressão é sua - e é hoje um homem bem-sucedido com uma actividade absorvente.
No entanto, isso não o faz esquecer a situação dos antigos companheiros de trabalho na mineração. Ele tem sido o rosto mais visível de uma luta que travam há vários anos para ver reconhecidos direitos que consideram legítimos e um acompanhamento médico permanente - esta reivindicação já foi atendida pelo Ministério da Saúde -, a par da exigência de recuperação ambiental de todas as minas abandonadas quando a exploração de urânio terminou em Portugal.
Um homem de causas

O último episódio deste processo, a que António Minhoto se tem dedicado incansavelmente, decorre hoje em Nisa, onde a Comissão de ex-Trabalhadores da ENU promove uma tribuna cívica para "julgar" as consequências da exploração de urânio em Portugal.

A intervenção cívica ocupa um lugar relevante no currículo de António Minhoto, que se define como "um homem de causas". Fez parte da Comissão de Trabalhadores da ENU e foi delegado sindical, integrou a comissão de segurança da empresa e foi presidente da respectiva casa de pessoal. Envolveu-se na causa pela criação do concelho de Canas de Senhorim e esteve ao lado dos que se opuseram ao encerramento do Centro de Saúde de Nelas. Depois do 25 de Abril, militou na UDP e no Bloco de Esquerda. Hoje diz-se partidariamente descomprometido.

Já depois do encerramento da ENU, cria em 2002 a associação Ambiente em Zonas Uraníferas. A partir dessa data a intervenção do antigo trabalhador do urânio torna-se mais sistemática e persistente, trazendo para as páginas dos jornais e ecrãs das televisões a realidade complexa, e por vezes dramática, dos ex-camaradas.

A combatividade de que Minhoto dá provas na intervenção cívica manifestou-se muito cedo na sua vida. Filho de uma numerosa família - oito irmãos - de trabalhadores rurais muito pobres, teve de começar aos 12 anos a ajudar os seus. "O meu primeiro emprego foi numa empresa vinícola de Nelas. Ganhava 35 escudos por mês [cerca de 18 cêntimos de euro] a acartar madeira às costas. Os meus problemas de coluna começaram aí", recorda.

"Como uma facada"

António Minhoto foi ganhar mais dez escudos noutra empresa de vinhos, mas continuou a engraxar sapatos junto à Pensão Mangas, em Nelas. Em 1971 trocou tudo isso pelas Minas da Panasqueira. Resistiu um ano a viver em camarata e mudou de cenário - deste vez a Linha do Oeste, onde participou nos trabalhos de limpeza de via.

Aos 20 anos vem a tropa e o conhecimento dos que contribuíram para a sua politização. Só o pedido insistente da mãe o impediu de desertar, acabando com a especialidade de motorista em Luanda, onde assiste à queda do regime salazarista-caetanista em 1974. Entra para os quadros da ENU em 1976, onde faz de tudo nos 13 anos seguintes.

A saída da empresa foi difícil. "Nos primeiros anos nem conseguia vir aqui", diz com um gesto largo para designar o local de trabalho na Urgeiriça, a casa no bairro operário onde viveu nove anos, a antiga cantina, a casa do pessoal. "Chocava-me ver as coisas degradarem-se, era como uma facada. Agora já estou vacinado".

O seu percurso não deixa ninguém indiferente. Os que não partilham as suas ideias reconhecem-lhe as qualidades de "lutador". É essa a opinião de Luís Ribeiro, membro da Comissão Concelhia de Nelas do PSD.

Adelino Borges, presidente da concelhia socialista, reconhece ter "alguma admiração e amizade" por ele: "A sua qualidade mais positiva é o espírito de militância e a forma como defende as suas opiniões." Francisco Paula, administrador de uma cadeia local de supermercados, conhece Minhoto há 30 anos: "Admiro a sua persistência e a capacidade de mobilização dos colegas e dos media."

Os que lhe estão próximos não poupam elogios. Joaquim Silva, administrador de uma empresa comercial, andou com Minhoto na escola: "Fez um grande trabalho no concelho e se o pessoal da Urgeiriça tem alguma coisa é porque ele trabalhou para isso." João Marques, segundo-comandante dos bombeiros de Canas de Senhorim e antigo trabalhador da ENU, recorda um episódio elucidativo da sua coragem e capacidade de liderança: "Alguém tentou furar uma greve e o Minhoto desligou a máquina. Foi punido com 15 dias de suspensão e muitos trabalhadores quotizaram-se para lhe pagar os dias de salário." Texto de Carlos Pessoa, Público, 19-10-2009
M. Daniel Nicola
Viseu-Esquerda BL