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Etiquetas: Diversos
O bispo de Viseu compreende a luta dos antigos trabalhadores da ENU e diz estar disponível par mediar as negociações com o governo.Publicada por ®efeneto à(s) 00:22 0 comentários

A 07 de Março, o PS chumbou propostas do PSD, PCP e BE que previam, nomeadamente, que mesmo os antigos trabalhadores que não tinham vínculo à ENU na data da sua dissolução, fossem abrangidos por um decreto-lei (nº 28/2005, de 10 de Fevereiro) que os equiparava a trabalhadores de fundo de mina, dando benefícios na idade da reforma.
No dia seguinte, elementos da comissão de antigos trabalhadores reuniram com os deputados socialistas eleitos por Viseu, José Junqueiro e Miguel Ginestal, que prometeram empenhar-se em pedir, junto da Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), um levantamento de quantos trabalhadores poderiam ter estes benefícios.
«Vamos ver se os trabalhadores entendem que isto foi um passo positivo, porque tínhamos pedido um sinal de abertura ao Governo e o empenho do PS», afirmou à Agência Lusa o porta-voz da comissão de antigos trabalhadores, António Minhoto.
António Minhoto tinha avançado que, se regressassem a casa sem uma resposta positiva da Assembleia da República, passariam a manifestar-se em todas as deslocações de membros do Governo ao distrito de Viseu para inaugurações.
Como está prevista para o próximo dia 28 a inauguração das obras de requalificação ambiental da Barragem Velha da Urgeiriça (onde foram depositados resíduos resultantes de décadas de exploração do urânio), os antigos trabalhadores da ENU vão também decidir o que fazer na eventualidade de aí se deslocar um membro do Governo.
Na Assembleia da República, a deputada Cidália Faustino (que pertence à Comissão de Trabalho e Segurança Social) justificou a votação do PS com o facto de a legislação fazer depender de «excepcionais razões conjunturais» a extensão do regime jurídico de acesso à pensão de velhice dos trabalhadores do interior das minas aos trabalhadores do exterior.
«Essas excepcionais razões conjunturais foram, no caso vertente, a difícil situação económica e financeira da ENU que levaram à dissolução da empresa, associada à crise do sector mineiro, colocando os seus trabalhadores numa situação laboral difícil devido à falta de horizontes profissionais quer no sector mineiro, quer no mercado de trabalho em geral», explicou.
Pegando nas palavras da colega, José Junqueiro frisou à Lusa que foi precisamente por isso que anteriores Governos do PSD/CDS-PP apenas estenderam os benefícios àqueles que ainda trabalhavam na ENU na altura da dissolução.
José Junqueiro confirmou haver a intenção de pedir à EDM «um levantamento completo sobre os restantes trabalhadores» e depois «ir mais longe, tentando enquadrar na lei algumas situações».
«Primeiro, vamos informar o Governo desta nossa iniciativa e tentar concretizá-la e, no final, vamos falar novamente com o Governo para tentar resolver casos que sejam justos», explicou.
Os antigos trabalhadores têm, no entanto, reivindicado o alargamento dos benefícios da idade da reforma a todos, com o argumento de que todos estiveram sujeitos aos perigos da exposição à radioactividade.
José Junqueiro lamentou críticas que têm sido feitas pelo representante dos trabalhadores, frisando que o PS tem tido «uma acção silenciosa, discreta», que permitiu arrancar com os exames médicos, tendo já 170 trabalhadores passado pelo médico de família e 115 feito exames complementares no Hospital Central de Viseu.
Lembrou também o empenho na requalificação do passivo ambiental deixado pelas minas de urânio da região, nomeadamente da Barragem Velha, quase concluída, e o lançamento a 22 de Fevereiro do concurso público para a monitorização e controlo periódico e contínuo das minas da Urgeiriça, Quinta do Bispo e Cunha Baixa.
«Vamos continuar a, discretamente, trabalhar nestas questões», garantiu, acrescentando que os deputados socialistas estão «sempre dispostos a falar» com os antigos trabalhadores da ENU.
Lusa/SOL
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Urânio: Requalificação da Barragem Velha da Urgeiriça termina este mês - EDM
ACTUAL
Publicada por ®efeneto à(s) 00:07 1 comentários
Etiquetas: Jornais ; ambiente, Uranio
Reivindicam benefícios na idade de reforma e indemnizações por terem estado expostos à radioactividade.
De visita hoje ao Parlamento, antigos empregados da Empresa Nacional de Urânio esperam que as suas reivindicações sejam consideradas pelo PS

Publicada por ®efeneto à(s) 09:14 0 comentários

São 80, o número de ex-trabalhadores da ENU que morreram nos últimos cinco anos. Os sobreviventes, quase todos doentes do foro oncológico, ainda encontram genica para contar as suas histórias de alegrias passadas, da camaradagem, da cumplicidade, mas também da violência de como era trabalhar a cerca de 800 metros de profundidade cavando incessantemente buracos e mais buracos como se de uma "desgarrada" se tratasse.
Nos rostos têm as marcas da dor: de terem visto precocemente muitos dos seus companheiros de trabalho partirem; da impotência para poderem dar consolo e ajuda às muitas mulheres que também precocemente enviuvaram, ficando com os filhos nos braços para criarem; da revolta de quem explorou riqueza das entranhas da terra "para enriquecer o País" e agora se sente absolutamente ignorados pelos senhores do governo, que tanto "enchem a boca" de solidariedade e justiça.
Os estudos divulgados afirmam claramente e comprovam os efeitos da exposição prolongada a ambientes com presença de urânio como demonstram os relatórios já conhecidos, dos quais o Dr. José Marinho Falcão, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, na síntese que faz, constata que "existe, desde há muitos anos, evidência científica de que os mineiros de urânio têm risco acrescido de desenvolver neoplasias malignas, nomeadamente cancro do pulmão".
Dezasseis anos depois do encerramento das minas não há decerto nenhuma família que não tenha sido atingida pelo desespero de ver um familiar com cancro, que se tornou naquele lugar de Canas de Senhorim, Nelas uma palavra "maldita".
Dezasseis anos depois existem ainda 150 toneladas de urânio armazenadas no complexo das minas da Urgeiriça e, 79 milhões de euros é a verba necessária para a resolução dos problemas associados ás explorações uraníferas abandonadas na região centro (tanto quanto custaram as reformas em 2007 de apenas cinco ex-administradores do BCP).
Os ex-trabalhadores da ENU têm desenvolvido uma luta exemplar para que todos, mas todos, os que trabalharam nas minas e suas famílias vejam reconhecidos os seus direitos.
Foi por isso que o Bloco de Esquerda, em 13 de Maio de 2005 apresentou um Projecto de Lei (77/X), que tinha como objectivo alargar a todos os trabalhadores os direitos timidamente conseguidos com o Decreto-lei 28/2005 de 10 de Fevereiro.
Passou a 1ª sessão legislativa, passou a 2ª sessão legislativa e o PS sempre recusou o seu agendamento para discussão em plenário.
Com as novas regras regimentais que entraram em vigor nesta sessão legislativa, e que obrigam à discussão de todas as iniciativas apresentadas, apresentámos de novo esta questão consubstanciada em dois Projectos de Lei: 412/X entregue em 11 de Outubro e 464/X entregue em 22 de Fevereiro de 2008.
O que pretendemos é resolver de vez a hedionda injustiça de que foram alvo tantos quantos deram a vida à mina, que deixou um rasto de morte e doença nos trabalhadores e suas famílias.
O desprezo com que o governo tem tratado esta situação é absolutamente inqualificável. O mínimo que têm obrigação de fazer é pagar "parte" da imensa dívida que têm para com todos eles, homens, mulheres e crianças.
Estamos cá para no próximo dia 7 de Março ver se os deputados e deputadas do PS têm a coragem de votar contra os Projectos de Lei do BE e do PCP.
Para que em surdina não mais se diga: ... Do sangue dum camarada... Vê lá companheiro... Vê lá, como... venho eu!
Mariana Aiveca...Esquerda.net
Gentileza de Farpas
Publicada por ®efeneto à(s) 19:39 0 comentários

URÂNIO NÃO...OBRIGADO