Cinema Paraíso
Fui contactado por um amigo, sugerindo que eu escrevesse um curto texto exteriorizando os sentimentos que me assolam face á notícia do possível encerramento da Casa de Pessoal das Minas da Urgeiriça.
A Urgeiriça que cresceu em função da ex-exploração de uma mina, sempre foi, á sua medida, um espaço com um traço cosmopolita. Nela residiam pessoas das mais diversas origens demográficas, sociais e culturais.
E no centro de tudo, o denominador comum, a Casa do Pessoal como ponto harmonizador.
Visto á distancia, confesso o meu orgulho por ter crescido ali, por ter podido usufruir da imensa actividade cultural e desportiva que aquele lugar proporcionou.
Por isso aqui digo, para que conste: ali não está um simples edifício. Está um espaço onde gerações de adultos e crianças aprenderam a ver cinema, a ver e fazer teatro, a conviver e praticar música e desporto.
Ao destrui-lo é uma parte da nossa memória individual e colectiva que é amputada.
Fica aqui o meu voto de protesto.
Nunca pensei ter que evocar Tornattore.
Gustavo Cordeiro
*****
Lembro-me…
Lembro-me dos filmes de cinema e das peças de teatro…
Lembro-me das festas de Natal e dos espectáculos…
Lembro-me de magnífico Ano Mundial da Criança…
E da leitura dos jornais diários…
E dos jogos da sueca…
E do ping-pong…
E…
Lembro-me dos filmes de cinema e das peças de teatro…
Lembro-me das festas de Natal e dos espectáculos…
Lembro-me de magnífico Ano Mundial da Criança…
E da leitura dos jornais diários…
E dos jogos da sueca…
E do ping-pong…
E…
E para amanhã todos os que vivem e viverão na Urgeiriça se lembrem, da “velha”, mas sempre aberta, Casa do Pessoal que faz parte o património de quem ali vive e é de todos.
Hoje é a Casa de Pessoal de todos os que na Urgeiriça moram, dos que já moraram e esperemos também os que aí vão morar um dia!
Hoje é a Casa de Pessoal de todos os que na Urgeiriça moram, dos que já moraram e esperemos também os que aí vão morar um dia!
Albertino Neves
In: Jornal de Canas de Senhorim nº 107
30 de Outubro de 2007
30 de Outubro de 2007
3 comentários:
E quando ia ver um filme, comprava 1 copo de amendoins, sim, não havia pipocas, era o belo do amendoim, as cascas iam para o chão.
Quando acabavam o passatempo era pisar as cascas. O goso que isso dava.
E as jogatanas de ping pong?
Sempre que jogava com a malta da Urgeiriça, levava uma tareia. Aindá lá há bons jogadores, penso que até vão treinar para a Lapa do Lobo.
Os Escuteiros espera sinceramente que a Casa do Pessoal não feche as portas. Estamos a organizar algumas actividades que pretendem dinamizar o óptimo espaço que esta alberga. Só mais uma achega, em Canas de Senhorim, Póvoa, Lapa do Lobo, Vale de Madeiros, Carvalhal, Aguieira, onde é que podemos encontrar um espaço como o salão da casa do pessoal? Está na altura de dinamizar aquele espaço e fazer ver aos burocráticos que é um bem necessário, e para isso contem com o agrupamento 604! Novidades em breve!
gustavo e quim ze, tino lembro me bem da casa do pessoal eu trabalhei nela
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