O portal de Canas de Senhorim

outubro 17, 2008

Adeptos do nuclear tentam convencer partidos a discutir questão na próxima legislatura

Os adeptos da adopção do nuclear em Portugal vão tentar convencer os partidos políticos a discutir a questão na próxima legislatura. Por seu lado, o antigo eurodeputado Carlos Pimenta insiste que é um absurdo discutir a questão em Portugal.

Os apoiantes da construção de uma central nuclear em Portugal vão tentar convencer os partidos políticos a discutir a questão na próxima legislatura, uma vez que o actual Governo insiste em não abordar o assunto até às eleições de 2009.
Em apoio do nuclear, Pedro Sampaio Nunes junta agora o argumento da actual crise financeira internacional, que agravam, na sua opinião, os problemas de competitividade de Portugal.
«Se quisermos continuar a ir por uma via que nos obriga a empurrar cada vez mais para a frente os défices tarifários que alguém vai ter que pagar, a nossa geração ou as gerações futuras, então não se deve pensar no nuclear», acrescentou.
Ao contrário, «se quisermos pensar nas soluções que prometem todos os países hoje em dia serem competitivos e não terem necessidade de défices tarifários, então temos de encarar necessariamente o nuclear».
Este argumento não convence Carlos Pimenta, que entende que o nuclear é um «não há 25 anos» e que continuar a discutir a questão assemelha-se a um «exercício quase anedótico dos Gatos Fedorentos».
«É óbvio que o nuclear nunca foi necessário em Portugal e não é necessário em Portugal e hoje é completamente impossível sequer equaciona-lo em Portugal», adiantou o ex-eurodeputado.
Contra o nuclear, Carlos Pimenta recorda ainda o facto de haver poucos institutos públicos em Portugal para regular uma central deste género, precisando de dez anos para chegar a este pontos.
«Precisaria de um investimento brutal só para ter as agências de segurança do lado do Estado para controlar o processo. O país não foi capaz de resolver o problema das Minas de Urgeiriça», lembrou.
O antigo eurodeputado social-democrata referia-se à única instalação ligada ao nuclear que Portugal teve e, que segundo Carlos Pimenta, acabou por resultar na poluição das terras e da saúde pública desta localidade.
TSF Rádio Jornal

1 comentário:

Farpas disse...

Urgeiriça no Público

Nota: Efeneto não consegui aceitar... dá sempre erro!