Antigos trabalhadores preparam no sábado
novas jornadas de luta
com movimentos cívicos de Nisa.
Ao todo, já morreram de cancro 115 trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, desde meados da década de 90. Os mineiros não querem que o urânio volte a ser explorado. Mas em Nisa há essa possibilidade. Vai haver luta.
Morre em média, vítima de doenças do foro oncológico, um trabalhador por mês da extinta Empresa Nacional de Urânio (ENU). O último faleceu há menos de uma semana, engrossando a lista de mortes (115) de antigos mineiros, desde que a exploração de urânio terminou em Portugal, em meados da década de 90.
As contas são da comissão de antigos trabalhadores da ENU, que no próximo sábado recebe na Urgeiriça, movimentos cívicos de Nisa e a delegação de Portalegre da Quercus, para uma sessão de trabalhos e de visitas a complexos mineiros desactivados e abandonados na região, entre eles o da Cunha Baixa, no concelho de Mangualde.
No encontro deverá ser aprovada uma moção para a realização, já em Outubro, de uma jornada de luta em Nisa, concelho onde está localizado o maior jazigo de urânio do país, um filão que o governo pretende explorar já a partir de 2009, contra a vontade das populações.
"A deslocação de ambientalistas de Nisa à Urgeiriça, e o programa de visitas às antigas minas abandonadas que temos planeado para este sábado, servirá para debatermos os malefícios à saúde humana causados pela exploração do urânio", explica António Minhoto, porta-voz da comissão de trabalhadores da extinta ENU.
"Vamos promover esta iniciativa num ambiente de dor, já que mais um antigo trabalhador da ENU acaba de falecer, vítima de cancro", afirma Minhoto, prometendo não baixar os braços na luta contra as intenções do governo de retomar a exploração do urânio.
O homem que faleceu era do concelho de Penalva do Castelo e "trabalhava como sondador, fazia sondagens nos terrenos de urânio", lembra o porta-voz.
A jornada de luta em Nisa, em Outubro (o dia será marcado no sábado), contará com a participação e a solidariedade dos ex-mineiros da Urgeiriça e dos restantes trabalhadores das minas já desactivadas localizadas na Região Centro.
"Será um dia em cheio. Haverá uma tribuna cívica aberta a todos, e depois a marcha da indignação em direcção ao local da mina de urânio de Nisa", antecipa António Minhoto.
"Em Nisa, a Assembleia Municipal já votou contra a sua exploração. E os movimentos cívicos locais, juntamente com a Quercus de Portalegre, estão muito activos e decididos em que a exploração não venha a ser uma realidade. Ninguém quer isso. As pessoas sabem dos perigos que podem correr", afirma Minhoto.
Morre em média, vítima de doenças do foro oncológico, um trabalhador por mês da extinta Empresa Nacional de Urânio (ENU). O último faleceu há menos de uma semana, engrossando a lista de mortes (115) de antigos mineiros, desde que a exploração de urânio terminou em Portugal, em meados da década de 90.
As contas são da comissão de antigos trabalhadores da ENU, que no próximo sábado recebe na Urgeiriça, movimentos cívicos de Nisa e a delegação de Portalegre da Quercus, para uma sessão de trabalhos e de visitas a complexos mineiros desactivados e abandonados na região, entre eles o da Cunha Baixa, no concelho de Mangualde.
No encontro deverá ser aprovada uma moção para a realização, já em Outubro, de uma jornada de luta em Nisa, concelho onde está localizado o maior jazigo de urânio do país, um filão que o governo pretende explorar já a partir de 2009, contra a vontade das populações.
"A deslocação de ambientalistas de Nisa à Urgeiriça, e o programa de visitas às antigas minas abandonadas que temos planeado para este sábado, servirá para debatermos os malefícios à saúde humana causados pela exploração do urânio", explica António Minhoto, porta-voz da comissão de trabalhadores da extinta ENU.
"Vamos promover esta iniciativa num ambiente de dor, já que mais um antigo trabalhador da ENU acaba de falecer, vítima de cancro", afirma Minhoto, prometendo não baixar os braços na luta contra as intenções do governo de retomar a exploração do urânio.
O homem que faleceu era do concelho de Penalva do Castelo e "trabalhava como sondador, fazia sondagens nos terrenos de urânio", lembra o porta-voz.
A jornada de luta em Nisa, em Outubro (o dia será marcado no sábado), contará com a participação e a solidariedade dos ex-mineiros da Urgeiriça e dos restantes trabalhadores das minas já desactivadas localizadas na Região Centro.
"Será um dia em cheio. Haverá uma tribuna cívica aberta a todos, e depois a marcha da indignação em direcção ao local da mina de urânio de Nisa", antecipa António Minhoto.
"Em Nisa, a Assembleia Municipal já votou contra a sua exploração. E os movimentos cívicos locais, juntamente com a Quercus de Portalegre, estão muito activos e decididos em que a exploração não venha a ser uma realidade. Ninguém quer isso. As pessoas sabem dos perigos que podem correr", afirma Minhoto.
Rui Bondoso; JN
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