Antigos mineiros fazem vigília no Governo Civil
PS recusa recebê-los, argumentando que o porta-voz dos ex-trabalhadores da ENU da Urgeiriça “não é uma pessoa politicamente séria”.Os antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU ), com sede na Urgeiriça, em Canas de Senhorim, fazem hoje, em Viseu, uma marcha, com várias concentrações, seguida de uma vigília frente ao Governo Civil. Reclamam o cumprimento do que dizem ser “as promessas feitas pelos deputados do PS e pelo gGverno”. Para além dos exames médicos, que começaram esta semana, reclamam igualdade de tratamento na bonificação para a reforma, tal como foi dada aos trabalhadores do fundo de mina. António Minhoto, porta-voz da comissão dos antigos trabalhadores da ENU, diz que é uma questão de justiça, considerando que uma empresa do Estado tem de dar as mesmas regalias e direitos a todos os trabalhadores.“ Uns tiveram reformas antecipadas, equiparados a mineiros, e outros não”, refere. Neste processo de luta responsabilizam o Estado por, ao longo dos anos, não ter garantido a segurança dos trabalhadores que hoje se vêem confrontados com graves problemas de saúde. Sobre os exames médicos que começaram esta semana, no posto médico de Canas de Senhorim e no hospital de Viseu, o porta-voz dos trabalhadores diz que tudo está a ser feito de uma forma “desorganizada e anárquica, uma vez que não foi extensivo a todos os antigos trabalhadores da ENU, espalhados pelo país”. Acrescenta que na lista existente no posto médico de Canas de Senhorim “não estão lá todos os trabalhadores”.Por estas, e principalmente por razões de justiça, não tem dúvidas de que faz todo o sentido realizarem hoje a marcha e vigília em Viseu. Dizem ter a garantia de serem recebidos pelo governador civil, e gostavam que o mesmo acontecesse quando passarem na sede do PS. “Aqui não vão ser recebidos”, garante, todavia, o líder da federação distrital dos socialistas de Viseu.Para José Junqueiro, a manifestação e vigília não faz qualquer sentido, porque “todas as promessas feitas pelo Governo e deputados socialistas estão a ser cumpridas, como se vê com a implementação no terreno do programa de vigilância da saúde”. Sobre as outras reivindicações feitas pelo porta-voz dos trabalhadores, o deputado diz que “não trata com pessoas que pretendem tirar outras regalias à custa deste processo”. José Junqueiro iria mesmo mais longe, acrescentando que “não trata com pessoas que não são politicamente sérias”.
António Figueiredo
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